segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Redação nota dez do ENEM

Quando o sol da cultura está baixo, até os mais ínfimos seres emitem luz
Marcel Proust, grande escritor e exemplo máximo de uma vida dedicada unicamente à leitura e à literatura, disse em seus escritos"cada leitor, quando lê, é um leitor de si mesmo". O que Proust evidencia nessa frase deixa em aberto uma série de interpretacões que podem ser realizadas a partir do hábito entusiástico e não visto como uma obrigação pela leitura.
Estar em contato com o universo das palavras e nele encontrar uma atividade prazerosa, ao mesmo tempo que nos leva a absorver todo o conhecimento exterior, também nos conduz a uma busca de tudo que representa algo de nós mesmos nesse conhecimento que chega até nós. Em cada nova leitura, ocorre algo semelhante a uma lapidação de nosssos desejos e predileções.
Os livros constituem um tipo de transporte de conhecimento diferente da televisão, por exemplo, onde as informações são transmitidas a todo momento, e para tal, só precisa de nossa permissão para a passagem de suas imagens através de nosso córtex. O nível de saber que podemos extrair de um livro possui o mesmo limite de nossa vontade de fazê-lo. E, ao contrário das informações "prontas"da televisão, temos a total liberdade de interpretação o que confere o aperfeiçoamento de nossso senso crítico e o melhoramento de como no posicionarmos diante do mundo.
O hábito de leitura não possui caráter eletista e nem está associado ao poder aquisitivo. Em qualquer cidade, por menor que seja, há uma biblioteca, basta que tenhamos interesse em desvendar todo mistério contido nela. Ao ler, tornamo-nos mais cultos, mais seguros de nossas convicções, expressamo-nos e escrevemos melhor. Medidas públicas devem ser realizadas para garantir essa acessibilidade e assim, seus respectivos países possam brilhar, iluminados pelo sol da cultura.

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