sábado, 22 de maio de 2010

Pulseiras do sexo: proibir pode ser solução eficaz?


Pulseiras do sexo: proibir pode ser solução eficaz?

Em São Paulo (SP), dois vereadores da capital e uma deputada estadual apresentaram projetos para proibir o uso das chamadas "pulseiras do sexo" nas escolas e até a comercialização da bijuteria. Algumas cidades, como Manaus (AM) e Maringá (PR), já instituíram a proibição. Segundo seus propositores, a medida se tornou necessária após o estupro de uma adolescente em Londrina (PR), supostamente motivado pelo uso de uma das tais pulseirinhas. Muita gente concorda com eles, mas a questão é, decerto, polêmica, até porque não fica absolutamente claro o que a proibição pode resolver. A coletânea que segue traz informações e opiniões sobre a questão. Depois de ler e refletir sobre elas, apresente a sua opinião: proibir pode ser uma solução eficaz? Para quê?


A força do fato


"Uma menina de 13 anos foi estuprada em Londrina (PR) por quatro adolescentes depois de ter arrebentado um acessório conhecido como "pulseira do sexo". O adereço faz parte de uma espécie de jogo em que cada cor representa um ato afetivo ou sexual. Em teoria, a pessoa que teve a pulseira arrebentada precisa cumprir o que comanda aquela cor. Este não é o primeiro caso registrado em Londrina, mas é o mais grave. O delegado-chefe da 10.ª Subdivisão Policial, Sérgio Barroso, disse que um inquérito foi aberto para apurar os fatos. Segundo ele, a adolescente usava o adereço, quando foi abordada próximo ao Terminal Central Urbano, na semana passada. Ao ter uma das pulseiras arrebentadas, a de cor preta, a menina ficaria obrigada pelo jogo a ter relações sexuais com quem a rompeu."

[Jornal de Londrina, 30/03/2010]

Disponibilidade sexual


"As pulseiras sinalizam uma disponibilidade sexual aparentemente fácil, mas difícil de se assumir e absurda, mesmo entre adultos bem resolvidos. No pulso desses jovens, tornam-se uma autoameaça à integridade física, psíquica e moral. [...] Vetar o comércio e o uso não atinge o âmago da questão, apesar de ser uma tentativa honesta de debelar o mal pela raiz. Porém, pode até estimular o uso camuflado ou gerar polêmica. [...] Essa sociedade negligencia, quando contempla atônita e não decodifica que as pulseiras algemam, tornando os jovens presas fáceis de um modismo insensato, um comportamento de grupo autodestrutivo."

[Carmita Abdo, psiquiatra e professora do Departamento de Psiquiatria da USP, Folha de S. Paulo, 11 de abril de 2010]

Cartas de leitores


1) "Sou a favor da proibição das pulseirinhas do sexo. Sexo é uma parte importante da vida adulta e deve ser encarado com respeito, que começa pelo respeito ao próprio corpo. A maturidade emocional certamente fará as adolescentes entenderem que a proibição do uso e venda foi para protegê-las. A palavra sexo não é tabu, mas não é brincadeira. Por que não ensinamos a educação afetiva junto com a educação sexual? O amor, seja ele filial, fraternal ou com interesse sexual, orienta para uma vida melhor."

2) "Proibir pulseiras é falso moralismo e conivência com o crime. Tendo em vista as propostas que visam proibir que adolescentes usem determinadas pulseiras de plástico colorido, devido à ocorrência de crimes contra meninas em que os delinqüentes teriam alegado uma suposta conotação sexual desses adereços, sinto-me no dever de manifestar a mais profunda indignação e revolta contra essa odiosa inversão de valores."

3) "Perfeito. Tem que proibir mesmo, pulseiras, celulares, bonés. Escola é para estudar, se preparar para o futuro. Daria uma sugestão: mudar também a lei para quem agride profissionais de educação: Se o aluno for maior, cadeia nele, mas se for menor punir os pais do transgressor que não souberam educar o malandro. Nota 1000."

[De jornais e da internet]

Carimbo de mulher-objeto


"Em casa ou na escola, tudo do que as adolescentes não precisam é se sentirem oprimidas. Estabelecer regras e impor certos limites é fundamental, mas elas necessitam igualmente de carinho e, principalmente, de espaço para falar o que sentem. É dessa forma que as pulseiras voltarão a significar apenas um adorno, em vez de um carimbo de mulher-objeto".

[Albertina Duarte Takiuti, ginecologista, coordenadora do Programa de Saúde da Adolescente, Secretaria de Estado da Saúde (SP), em O Estado de S. Paulo, 11,04/2010)

Empréstimos cotidianos


Empréstimos cotidianos

O fenômeno lingüístico/cultural do empréstimo, palavra estrangeira que se introduz em nossa língua, sempre levanta polêmicas. Talvez por isso, tenha despertado tanto interesse o candidato/ aluno do programa Soletrando, de Luciano Hulk ter sido eliminado por não saber soletrar o termo kirsch. O empréstimo não é tão simples quanto possa parecer, nem envolve apenas o aspecto lingüístico, mas também questões culturais e políticas.

A palavra é um fenômeno ideológico. Sendo assim, a adoção de uma palavra estrangeira revela-se como algo mais que uma escolha formal: toda importação de termos é uma intrusão de uma cultura estrangeira e traz consigo valores que interferem e modificam a cultura que o adota.

A língua-fonte é a que influencia na imposição de um termo, e a que o recebe é a língua receptora. A coexistência entre ambas tende a modelar o vocabulário da receptora por um recorte analógico do mundo objetivo, de acordo com os traços da língua-fonte. A causa não é apenas a vizinhança territorial, nem a convivência lingüística. É resultado da ascendência de uma nação sobre a outra no campo em que se dá o empréstimo. A identidade cultural diz respeito à conexão entre indivíduos e estrutura social. É a categoria que define como os indivíduos se inserem no grupo e como eles agem, tornando-se sujeitos sociais. Define a forma como o indivíduo incorpora o mundo material a partir da experiência e projeta essa incorporação como construção simbólica.

Essa noção de identidade evoluiu junto com as transformações sociais que se acentuaram no século XX. Houve uma transição do nacionalismo para a globalização, quando tudo passou a fazer parte do mercado dominado pelas potências mais poderosas. Com a globalização, pela circulação planetária de informação e cultura, criou-se uma área comum de referência, onde as identidades específicas vão perdendo os contornos.

Pelos modernos meios de massa, o indivíduo tem condições de receber e consumir bens produzidos em outras culturas, incorporando a seu cotidiano valores de realidades distantes. Desta forma, enfraquecem-se os vínculos com a comunidade mais próxima, junto com as noções de regionalismo e nacionalismo. A adoção indiscriminada de termos estrangeiros, provenientes da cultura que domina a mídia torna-se uma conseqüência natural.
Não é um fenômeno recente: esteve sempre presente nas línguas através de contatos curtos ou prolongados. Na atualidade, intensificou-se pelas condições de supremacia de uma nação sobre as demais. Faz-se distinção entre o termo já incorporado há tempo, um fato histórico e o empréstimo recém-entrado, um fato político contemporâneo: a linha divisória não é sempre fácil de traçar. As línguas modernas também não são simples para descrevê-las exaustivamente.

No caso do inglês americano, sua influência é resultante do domínio de uma nação sobre outras nas várias áreas. Conhecidos tornaram-se os termos movie, estresse, sale, bus, hamburguer, rock, além dos termos da informática e de outras atividades globalizadas. Uns são sempre requisitados, outros, não. Uns nomeiam objetos e lugares (bar, trade, check in, CDrom, loft, marketing, merchandising) enquanto outros apenas enfeitam a frase (Ok, off, sale).

Os empréstimos do inglês americano são relacionados a negócios, cultura de massa, esportes e ciência. Essas palavras que voam sobre as fronteiras lingüísticas e aterrissam no campo “inimigo”, podem ser reformuladas ou não, na escrita , porém na fala são sempre adaptadas à moda do freguês, como mídia (media), frisa (freeser), frila (freelancer) e selve-selve (self-service). Podem adotar um sentido diferente da língua-fonte, como biônico, snob, handcap, outdoor: já ouvimos alguém pedir um cheeseburguer sem queijo!

A língua acompanha o poderio econômico. As palavra vindas do inglês têm o valor de 4500 bilhões de dólares (PIB dos povos de fala da língua inglesa) e o peso da cultura moderna da sociedade de consumo, com a publicidade, o cinema,a TV, a internet, divulgando o American way of life, a ser imitado e respeitado.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

PA Terceiro ano... Que molezinha!!!

1. (UFBA-BA)

INSTRUÇÕES:

Escreva sua Redação com caneta de tinta azul ou preta.

Não utilize letra de imprensa. Caso seja essa a forma de sua grafia, destaque as maiúsculas.

Será anulada a Redação:

— redigida fora do tema;

— apresentada em forma de verso;

— escrita a lápis ou de forma ilegível.

TEMA

A identidade cultural no Brasil é uma questão polêmica, sobretudo no que se refere à língua portuguesa.

Leia, a seguir, alguns textos sobre o assunto, refletindo sobre o seu conteúdo, sem contudo copiá-los como parte de sua Redação.

I. A Nação é uma resultante de agentes históricos. O índio, o negro, o espadachim, o jesuíta, o tropeiro, o poeta, o fazendeiro, o político, o holandês, o português, o francês, os rios, as montanhas, a mineração, a pecuária, a agricultura, o sol, as léguas imensas, o Cruzeiro do Sul, o café, a literatura francesa, as políticas inglesa e americana, os oito milhões de quilômetros quadrados...

Temos de aceitar todos esses fatores, ou destruir a Nacionalidade, pelo estabelecimento de distinções, pelo desmembramento nuclear da idéia que dela formamos.

Como aceitar todos esses fatores? Não concedendo predominância a nenhum.

MANIFESTO NHENGAÇU

II. O contato entre culturas produz efeitos também no vocabulário das línguas.

Atente para o fato de que os empréstimos linguísticos só fazem sentido quando são necessários. É o que ocorre quando surgem novos produtos ou processos tecnológicos. (...) São condenáveis abusos de estrangeirismos decorrentes de afetação de comportamento ou de subserviência cultural. A imprensa e a publicidade muitas vezes não resistem à tentação de utilizar a denominação estrangeira de forma apelativa, como em expressões do tipo os teens (por adolescentes) ou high tecnology system (sistema de alta tecnologia).

PASQUALE & ULISSES

III. Uma saudável epidemia tomou conta da imprensa brasileira. Os jornais publicam seções de valorização da língua portuguesa.

A conclusão é que se deve cuidar dessa matéria de forma inteligente, sem patriotadas, mas com objetividade, no sentido de valorizar o idioma de Machado de Assis e de Fernando Pessoa. Se a nossa pátria é a língua portuguesa, por que não cuidar bem dela?

ARNALDO NISKIER

IV. O uso desnecessário, abusivo ou enganoso de palavra ou expressão estrangeiras será tratado como lesivo ao patrimônio cultural brasileiro.

Mais que uma lei, queremos criar um Movimento Nacional de Defesa da Língua Portuguesa. Sem xenofobia, mas com altivez e brio, é possível proteger o idioma contra o corrosivo bilingüismo que o desfigura e infunde nos brasileiros a deprimente ilusão de que a língua portuguesa é feia, limitada e vaga. Apesar das regras por vezes tortuosas, é bela, pródiga e precisa, dotada de recursos léxicos suficientes para acompanhar as descobertas, invenções e mudanças que transformam o mundo. Como indagou o professor Niskier, “por que não cuidar bem dela?”

ALDO REBELO

V. Gosto de sentir a minha língua roçar

A língua de Luís de Camões

Gosto do Pessoa na pessoa

Da rosa no Rosa

E sei que a poesia está para a prosa

Assim como o amor está para a amizade

E quem há de negar que esta lhe é superior

E deixa os portugais morrerem à míngua

“Minha pátria é minha língua”

CAETANO VELOSO

A partir da análise desses fragmentos, produza um texto dissertativo sobre o tema:

BRASIL: IDENTIDADE CULTURAL E PRESERVAÇÃO DO IDIOMA NACIONAL.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Preparem-se...


Nos dias 19 e 20 de agosto de 2010, a Universidade Federal do Rio de Janeiro realiza a oitava edição do CONHECENDO A UFRJ. O evento, totalmente gratuito, é voltado para estudantes de ensino médio e pré-vestibulares. Os estudantes terão a oportunidade de participar de palestras e exposições sobre os cursos de graduação da Universidade.

Nas palestras, os estudantes podem esclarecer dúvidas sobre cada curso, suas interfaces, perfil do profissional e mercado de trabalho. Nas exposições, eles entram em contato direto com universitários para conhecer mais detalhes de cada área. A programação se repete nos dois dias.

O evento é realizado desde 2004 e o público aumenta a cada ano. No ano passado mais de 11 mil estudantes visitaram a UFRJ.

O evento acontece na Escola de Educação Física e Desportos, na Cidade Universitária - Ilha do Fundão. As inscrições são feitas apenas pelas instituições de ensino. A escola interessada em levar seus alunos deve se inscrever entre os dias 14 a 30 de junho através da página da Pró-Reitoria de Extensão: www.pr5.ufrj.br

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Para o terceiro ano: segue uma redação nota 10, do tema da prova de vcs...

Quando o sol da cultura está baixo, até os mais ínfimos seres emitem luz

Marcel Proust, grande escritor e exemplo máximo de uma vida dedicada unicamente à leitura e à literatura, disse em seus escritos “cada leitor, quando lê, é um leitor de si mesmo”. O que Proust evidencia nessa frase deixa em aberto uma série de interpretações que podem ser realizadas a partir do hábito entusiástico e não visto como uma obrigação, pela leitura.

Estar em contato com o universo das palavras e nele encontrar uma atividade prazerosa, ao mesmo tempo que nos leva a absorver todo o conhecimento exterior, também nos conduz a uma busca de tudo que representa algo de nós mesmos nesse conhecimento que chega até nós. Em cada nova leitura, ocorre algo semelhante a uma lapidação de nossos desejos e predileções.

Os livros constituem um tipo de transporte de conhecimento diferente da televisão por exemplo, onde as informações são transmitidas a todo o momento, e para tal, só precisa de nossa permissão para a passagem de suas imagens através de nosso córtex. O nível de saber que podemos extrair de um livro possui o mesmo limite de nossa vontade de fazê-lo. E, ao contrário das informações “prontas” da televisão, temos a total liberdade de interpretação, o que confere o aperfeiçoamento de nosso senso crítico e o melhoramento de como nos posicionamos diante do mundo.

O hábito da leitura não possui caráter elitista e nem está associado ao poder aquisitivo. Em qualquer cidade, por menor que seja, há uma biblioteca, basta que tenhamos interesse em desvendar todo o mistério contido nela. Ao ler, nos tornamos mais cultos, mais seguros de nossas convicções, nos expressamos e escrevemos melhor. Medidas públicas devem ser realizadas para garantir essa acessibilidade e assim, seus respectivos países possam brilhar, iluminados pelo sol da cultura.

Redações nota dez do ENEM.

Confira duas redações nota dez do Enem 2007, extraídas do site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), entidade responsável pelo exame, e saiba porque elas alcançaram a nota máxima.

O valor da diferença

O desafio de se conviver com a diferença na sociedade é complicado, mas necessário. Diante da grande pluralidade cultural e étnica que se choca com freqüência no mundo globalizado é preciso, além de tolerância, respeito incondicional aos direitos humanos.

Diariamente, nos deparamos com pessoas das mais variadas culturas, opiniões e classes sociais. Muitas vezes, são nossos vizinhos, colegas e amigos. Essa convivência enriquece nossas vidas, pois aprendemos a respeitar o nosso próximo, nos tornando pessoas mais fraternas. Porém nem sempre essa relação acontecem facilmente fatos divulgados pela mídia nos mostram que, para alguns ainda, a simples diferença fenotipica gera discriminação e violência, como no caso do brasileiro que foi confundido com um terrorista em Londres. Ele foi brutamente exterminado pela policia inglesa por ter feições diferentes da maioria dos britânicos.

Para o bom funcionamento das sociedades, a diferença precisa ser respeitada. Nas relações econômicas internacionais, se lida com diferentes culturas ao menos tempo. Não há espaço para discriminação para quem quer ser competitivo no mercado.

Por que o texto foi nota dez? - Segundo a professora de língua portuguesa Nara Martins, apesar de pequenos erros de português, como de concordância em "nem sempre essa relação acontecem", o texto apresenta exatamente o que é exigido pela banca do Enem. "São cobradas do aluno cinco competências: domínio da norma culta, compreensão e desenvolvimento do tema, capacidade de selecionar informações para defender um ponto de vista, capacidade de argumentação e de propor uma solução para o problema. Ou seja, o peso que é dado para a construção do texto coeso é muito maior", afirma, explicando que é o caso da redação nota dez.

"A redação apresenta um problema: o desafio de conviver com as diferenças no mundo globalizado; desenvolve o raciocínio com exemplos (o brasileiro assassinado em Londres); e finaliza com uma solução para o problema, respeitar as diferenças para ter competitividade no mercado global. Assim, o texto tem início, meio e fim", explica.

A Necessidade das Diferenças

De acordo com a Teoria da Educação das Espécies, o que possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje foi a sobrevivência dos mais aptos ao ambiente. A seleção natural se baseia na escolha das características mais úteis. Estas somente se originam a partir das diferenças determinadas por mutações em códigos genéticos com o passar do tempo.

Se no âmbito Biológico as variações são imprescindíveis à vida, no sociológico não é diferente. Uma vez todos iguais, seriamos atingidos pelos mesmos problemas sem perspectiva de resolução, já que todas as idéias seriam semelhantes.

A maioria das pessoas está inserida em um contexto social. Contudo grandes inovações se fazem a partir do reconhecimento da individualidade de seus integrantes. Assim é de nossa responsabilidade respeitar nossos semelhantes independentes do sexo, raça, idade, religião, visto que dependemos mutuamente.

Obviamente nem todas as diferenças são benéficas. Por exemplo, a diferença entre classes sociais não poderia assumir tal demissão. Para somá-la, necessitamos de uma melhor distribuição de renda aliada a oportunidades de trabalho, educação e saúde para todos.

Devemos nos conscientizar que somos todos iguais em espécie mas conviver com as diferenças (por mais difícil que pareça), pois elas nos enriquecem como pessoas. Nossos esforços devem ser voltados contra discriminações anacrônicas e vis, como o racismo ou perseguições religiosas. Estas não nos levam a lugar algum, apenas nos desqualificam como seres humanos.

Por que o texto foi nota dez? - "Apesar de versar sobre o mesmo tema, as diferenças, a redação seguiu uma linha de raciocínio completamente diferente", comenta Nara. "O que provavelmente mais chamou a atenção dos professores que corrigiram o texto foi a originalidade da argumentação. O aluno partiu da biologia para justificar as diferenças entre os seres humanos, e desenvolveu um raciocínio coeso para concluir que, se as diferenças devem ser respeitadas, também devem ser dirimidas quando forem prejudiciais."